Diga NÃO ao ETARISMO

Diga NÃO ao ETARISMO

Falar a pessoa idosa; "isso é coisa da idade, você não tem mais idade para fazer isso", pode gerar um sentimento que limitará aquela pessoa de ter uma vida plena

Você já ouviu falar nos termos etarismo ou idadismo, quem sabe, ageismo? São palavras poucos conhecidas do grande público, quase não ouvimos falar nos locais comuns onde frequentamos. Agora se falar, discriminação da pessoa idosa, fica fácil de entender.

De acordo com a Secretaria da Pessoa Idosa de Balneário Camboriú, o etarismo se caracteriza por atitudes discriminatórias contra as pessoas 60+, ação que pode ocorrer em diversos ambientes, como na área da saúde, no trabalho ou até em casa. Essas atitudes quando praticadas podem provocar a pessoa idosa de exercer suas condições com plenitude, levando-a à limitações e ao isolamento, o que compromete a qualidade de vida.

A secretaria alerta para que todos fiquem atentos com essas condutas. Falar a pessoa idosa “isso é coisa da idade, você não tem mais idade para fazer isso”, pode gerar um sentimento que limitará aquela pessoa de ter uma vida plena. Se alguém passar por alguma situação discriminatória em decorrência da sua idade, pode procurar a secretaria para providências.

Voz da experiência

Quem já viveu esse tipo de constrangimento e ainda passa por isso, é a aposentada Maria de Fátima Oliveira Antunes, 66. Ela conta que tem uma vida muito ativa e, que após se aposentar, resolveu se reinventar, ela é nutricionista integrativa e terapeuta natural. “Atuo na Biopraxis em Balneário Camboriú e, promovo grupos de conscientização para a qualidade de vida através da nutrição integrativa”, explica.

Maria de Fátima já sentiu na pele o temido etarismo, principalmente no trânsito. “Dirijo há 48 anos, nunca bati o carro mas basta alguém no trânsito, principalmente jovens, achar que a culpa é tua, já vem; “ô velha, vai pra casa”. Isso pra não falar coisa feia aqui”, relembra a terapeuta.

Ela admite que fica muito chateada com essa discriminação mas que não responde. “Fico indignada com o posicionamento das pessoas, que não conhecem aquelas pessoas de cabelos brancos. Eu, por opção, porque não faço coloração. Nos tratam com tanto desrespeito e, mal sabem eles que: se um dia não tiverem cabelos brancos, certamente porque já terão deixado este mundo e, não terão o privilégio de viver a maturidade, sendo ativo socialmente e produtivo moralmente”, ensina aos mais jovens.

E os ensinamentos não param por aqui. Maria de Fátima destaca que, independente do momento e condições que a pessoa idosa está vivendo, o mínimo que todos devem ter, é respeito e empatia. “O ser humano não fica velho. Coisas, perdem a serventia e ficam velhas, estragadas. Nós florescemos, frutificamos e hoje somos sementes que guardam uma vida de experiências. Basta, que sejam acolhidas para que possam ser semeadas e cultivadas pelas futuras gerações”.

Secretaria da Pessoa Idosa de Balneário Camboriú – Rua 1822, n 614 – Centro. Telefone (47) 3267-7054.

Maria de Fátima Oliveira Antunes – fatinutriterapeuta (Instagram)

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